A Viagem de Chihiro, uma boa razão para conhecer o estúdio Ghibli
Meus queridos cabeçudos colecionadores de memórias alheias, hoje trago a vocês esse filme caloroso e cheio de originalidade. Cujo título original é Sen to Chihiro no Kamikakushi, conhecido nas terras tupiniquins como A Viagem de Chihiro.
Essa obra de Hayao Miyazaki (diretor do filme) foi produzida pelo estúdio Studio Ghibli e levou o OSCAR em 2003 como melhor animação, além de um Urso de ouro no Festival de Berlim em 2002.
Antes de divagar sobre a sinopse do filme, terei que explanar sobre o Studio Ghibli. Se você nunca ouviu falar desse estúdio, porque vai que sei lá, você vivia numa caverna sem internet ele já produziu outras obras como Meu amigo Totoro e O serviço de entregas de Kiki que até hoje são aclamados por conhecedores de animação.
O estúdio foi criado após uma discussão entre Hayao Miyazaki, Isao Takahata e Toshio Suzuki que decidiram produzir filmes ao invés das séries japonesas (animes) já que o trabalho deles era extremamente minucioso e não correspondia ao tempo que se tinha para produzir episódios semanais de um anime. A decisão deu extremamente certo, pois no seu primeiro longa-metragem tiveram o sucesso de Laputa: Castelo no Céu. Filme que levou 775 mil pessoas aos cinemas, sendo um sucesso de bilheteria e critica.
A Viagem de Chihiro conta da jornada da menina Chihiro que foi envolvida numa aventura depois de se mudar para uma cidade nova para ela.
A garota acaba perdida num lugar onde não há qualquer prendimento com a realidade e tudo parece seguir suas próprias regras, trazendo a tona aquele sentimento de estar lendo Alice no país das maravilhas ou Do outro lado do espelho de Lewis Carroll.
Confira o trailer do filme
Depois de perceber que seus pais não escutam seus avisos sobre aquele lugar novo parecer muito estranho e perigoso, a garota acaba diante um lugarejo que antes parecia abandonado, agora tornando-se um mundo cheio de vida com criaturas esquisitíssimas que surgem por toda a parte.
O roteiro do filme ilustra bem a realidade do Japão na época da guerra, quando mulheres eram vendidas e forçadas a serem gueixas em bordeis (lesmas), que atendiam a homens com poderosos (deuses).
Apesar da crítica ser bem forte o filme não perde seu encanto com a inocência que aquele mundo fantástico tem aos olhos de Chihiro.
As experiencias de Chihiro ilustra a fase do amadurecimento que todos passamos durante ou após a infância, onde percebemos que tudo ao nosso redor aparenta ser novo e esquisito, além das primeiras responsabilidades que temos onde dependemos apenas de nós mesmos. Isso fica bem claro quando se depara com a menina sendo obrigada a trabalhar para sobreviver num lugar novo.
A sensibilidade e a sofisticação dos filmes de Miyazaki é algo incomparável. E a sua escolha por desenhos feitos a mão e pinturas invés de computação gráfica criam a personalidade que só o Studio Ghibli possui.
Essa foi a minha breve análise do filme, espero que tenha gostado.
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Agradeço por ter lido até aqui e espero que volte logo.
Inspirações: Studio Ghibli Brasil / Sublime Irrealidade
A Viagem de Chihiro, uma boa razão para conhecer o estúdio Ghibli
Reviewed by Lewis Bicho
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maio 10, 2016
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