O Espaço Entre Nós - Um romance divertido e nada xarope

Olá minhas queridas almas solitárias, detentoras de uma forte paixão por sorvete e Netflix, bem-vindos a mais uma análise completa de filmes porretas. Dessa vez o nosso filminho sinistro será O Espaço Entre Nós. 

Como eu já deixei claro no título da matéria, o filme da vez apesar de ser sim um romance (mesmo que as sinopses classifiquem como contrário), é um romance cabeça, daqueles divertidos, que te fazem rir, chorar e ficar meio abismado também! Vou lançar aqui a sinopse:

"O adolescente Gardner Elliot (Asa Butterfield) é o primeiro humano nascido em solo marciano. Mas ele deseja fazer uma viagem à Terra para conhecer a verdade sobre seu pai biológico, e sobre seu nascimento. Nesta jornada, ele tem o apoio de Tulsa (Britt Robertson)."

Bem, essa é a sinopse do AdoroCinema e vocês podem achar ela entediante, eu achei pelo menos... De qualquer maneira o filme surpreende as expectativas e é bem melhor que outros filmes do gênero, pelo simples fato do romance não ser tedioso ou encobrir todo o resto, ele simplesmente acontece como motivação para o protagonista. A paixão do protagonista pela Tulsa é apenas o gatilho meus queridos, porém um gatilho muito bem posto e que motiva todas as ótimas cenas do filme.

O filme não começa como essa sinopse com spoiler diz, ele começa beeeeem antes na verdade, o discurso de Nathaniel Sheppard sobre o rumo caótico que a vida na Terra está percorrendo devido a vida humana ser muito capitalista opressora e estarmos a beira de um fim catastrófico... Isso então motiva o Nathaniel (que sabe deus qual sua profissão, porém o cara trabalha na NASA) a iniciar um projeto de habitação no solo de Marte. A equipe então escolhida tem como líder a mãe do nosso protagonista, que depois de todo um desdobrar de cenas incríveis e mais discursos emocionantes, é enviada à Marte e lá acaba descobrindo que está grávida e logo em seguida parindo o rapazola.

A vida que Gardner levou em solo marciano e a forma como ele cresceu é toda esclarecida no diálogo que o mesmo leva com seu robô/babá/melhor amigo/C3PO sobre privacidade e acesso a informações restritas da base, tudo isso feito com muita naturalidade e nada de flashbacks do passado com atores mirins que apareciam em apenas 15 segundos de filme. 

Logo se é apresentado a relação dele com a Tulsa (a cremosa), uma garota que vive na Terra e que possuí uma personalidade bem juvenil (bem porra louca). A relação dos dois é bem parecida com a de um casal normal de namoro virtual e eles sonham em se encontrar e blablablá.

Apesar de isso ser o gatilho pra tudo que vai acontecer no filme, quando esses dois se encontram, meus amigos... É cada cena digna de As vantagens de ser invisivel, com atores realmente empenhados em transparecer aquela vontade juvenil americana de conhecer o mundo e fazer coisas loucas (tipo ser morto num acampamento pelo Jason e tal). A inocência do protagonista e a falta de crença da Tulsa, geram um conflito bem divertido e carismático entre os dois, afinal, eles não tem intenção de mudarem o mundo de alguma maneira ou de qualquer coisa muito grandiosa. Gardner e Tulsa só querem conhecer os pais do jovem e viverem na Terra juntos.

A forma como a tecnologia avançada é mostrada no filme é outro fator que me fez adorar a naturalidade da coisa toda, eles não tem carros voadores ou figurinos com neon, se trata de um futuro que poderia ser bem próximo do nosso e poucas são as mudanças. As frases icônicas do filme e algumas resoluções podem até aparecer meio clichês de cinema, mas isso não acaba com a surpresa final do filme, dá pra assistir sem medo de ser mais uma figurinha repetida do gênero.

Trailer do filme.

(meu conselho é que você não assista o trailer 

porque tem muito spoiler)

Bem meus queridos, o review foi esse e eu realmente adorei esse filme. Se gostou ou não dessa comenta o que achou aqui em baixo. Para dar uma força compartilha no facebook, twitter, instagram, snapchat ou seja lá onde você coleciona amigos (porque isso me ajuda muito). Isso é tudo e até mais. 😀